Coisa de criança?

Posted domingo, 19 de dezembro de 2010 by tuhane
Não entendo porque pessoas que se dizem "mais velhas" criticam tanto o amor que tenho por minhas músicas, meus livros, minhas fotografias...!
É tão absurdo assim ter um carinho todo especial por coisas que complementam os momentos da minha vida?
Fale sério, não é muito mais gostoso quando lembramos de alguém por causa de uma música? Ou então quando uma música nos faz lembrar uma pessoa especial?
Não é maravilhoso ler um livro e se identificar com a mocinha, ou desejar ser a vilã?
Abrir aquele sorriso malicioso com o desejo de fazer tudo o que está escrito nas páginas que seus olhos percorrem e sonhar além das letras, imaginar um novo meio, um novo caminho...?
Então por quê me olham como se eu tivesse 3 olhos toda vez que tenho um surto por causa de um livro ou de uma banda? E o pior: depois do olhar "você é um bicho estranho", sempre surgem frases metafóricas que fazem você se sentir uma menininha de 10 anos que ainda tem medo do bicho-papão.
Para, né!
Se para ser considerada adulta precisarei deixar pra trás as coisas que gosto; as histórias que instigam minha imaginação, as músicas que marcam meus momentos, as fotos que expressam meus sentimentos, que avivam minhas memórias e todos os vícios fictícios que dão um pouco de graça à minha vida...eu sinto muito, mas serei uma eterna menina.
Não quero me enfiar no mundo real e ter apenas os olhos sérios para enxergar o mundo que me cerca. A vida não seria tão dura se não pudesse oferecer coisas maravilhosas.
Não há explicação para a dança, não há explicação para música, não há explicação para a literatura, nem para a moda. São sentimentos livres que se expressam de uma forma mais sólida.
Se eu me prender às regras "adultas", perderei minha essência e minha liberdade. A liberdade da minha alma. A liberdade de não precisar explicar nada, apenas sentir e berrar muiiito com cada novo fato, com cada nova música...
As mais perfeitas sensações da vida não podem ser explicadas.
Um Pequeno Príncipe me ensinou a jamais me acostumar com as regras impostas pelas pessoas "mais velhas", a jamais perder a menina que mora dentro de mim.
E eu continuarei viajando com as minhas histórias, pulando com as minhas músicas e chorando com os meus livros.
Mesmo se as pessoas enxergarem na minha cobra comendo um elefante, um simples chapéu.

"O essencial é invisível aos olhos."

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